Levantamento interno revela que Pacheco já teria mais de 60 votos no Senado, segundo articulação de Alcolumbre

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), intensificou as manobras para convencer o presidente Lula a escolher o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para ocupar a vaga deixada por Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Seu trunfo: um levantamento interno que apontaria que Pacheco já teria mais de 60 votos favoráveis garantidos no Senado.

Segundo o mapeamento feito por aliados de Alcolumbre, essa maioria daria ao Planalto uma opção politicamente segura para garantir a aprovação sem embates dramáticos no Legislativo — principalmente em um momento de fragilidade e derrotas parlamentares para o governo.

Enquanto isso, o nome favorito até aqui segue sendo o advogado-geral da União Jorge Messias, preferido formalmente por Lula. Mas a resistência que seu nome encontra em setores do Congresso — por ser percebido como “nome de governo” — acende o argumento político de que Pacheco teria mais viabilidade legislativa.

Para Alcolumbre, a candidatura de Pacheco seria vista como menos arriscada e mais palatável à ala moderada do Senado. Em frase atribuída a interlocutores: “sabemos que Pacheco teria mais de 60 votos, fácil, e Messias, hoje, menos de 41.”

A articulação revela bem a dicotomia entre escolha técnica de base petista e preferência tática do Legislativo: a estabilidade de aprovação contra o alinhamento ideológico puro. Será que Lula apontará para Messias e arriscará embate? Ou cederá à pressão do Senado com o nome “seguro” de Pacheco?

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