Alcolumbre esvazia pedido de impeachment de Flávio Dino, protocolado por Nikolas Ferreira
Presidente do Senado sinaliza que não pautará afastamento de ministro do STF, irritando ala bolsonarista e destacando tensão no Congresso
Em 1º de julho de 2025, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), indicou a parlamentares que não pretende pautar o pedido de impeachment contra o ministro do STF Flávio Dino, apresentado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL). A decisão foi considerada outro revés para a ala bolsonarista no Congresso.
Por que o pedido foi protocolado
Nikolas Ferreira acusou Flávio Dino de cometer crime de responsabilidade com base em declarações feitas numa aula magna na Universidade Federal do Maranhão, onde o ministro mencionou a formação de uma “chapa imbatível” para o governo local. A defesa de Dino, por sua vez, considera o comentário apenas “descontraído”.
A postura de Alcolumbre
Alcolumbre comunicou à oposição que não existe justificativa para analisar o processo, tanto contra Dino quanto contra Alexandre de Moraes, outro alvo de pedidos semelhantes. A decisão atual reforça o escopo limitado do fornecimento de pauta pelo comando do Senado.
Consequências políticas
- Irritações na base bolsonarista: aliados esperavam que Alcolumbre avançasse no pedido para gerar desgaste político contra o STF. A negativa gera frustração e tensão interna entre parlamentares.
- Operação institucional: a decisão indica postura moderada da presidência do Senado, preservando estabilidade institucional ao evitar pautas polêmicas sem apoio amplo.
- Pressão futura: rumores já apontam que a recusa pode influenciar articulações na eleição 2027, com senadores insatisfeitos dispostos a retirar apoio a Alcolumbre.
Conclusão
Ao bloquear a tramitação do impeachment de Flávio Dino, Davi Alcolumbre reposiciona o Senado como espaço autônomo e cauteloso, mesmo em meio a ofensiva bolsonarista. A escolha preserva a governança institucional e, ao mesmo tempo, sinaliza limites às investidas contra membros do STF — reafirmando que nem toda provocação política gera resposta legislativa.
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