Alckmin viaja ao México em meio ao tarifaço dos EUA – empresas correm atrás de mercado alternativo
Com 113 empresas atrás de vaga na comitiva, Alckmin viaja ao México em meio ao tarifaço dos EUA como resposta nacionalista, não capitulacionista

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin viaja ao México em meio ao tarifaço dos EUA, numa operação estratégica de diplomacia econômica para escapar da dependência do Norte e abrir mercados para os exportadores nacionais.
A medida vem após o governo Trump impor sobretaxas de até 50% sobre produtos brasileiros, afetando duramente setores industriais. Em reação, 113 empresas já solicitaram integrar a comitiva, numa corrida empresarial para diversificar destinos e fortalecer laços com o parque industrial mexicano — o 7º maior do mundo para automóveis.
A missão de Alckmin inclui uma comitiva de empresários e três dias de agenda intensa: seminários empresariais, reuniões com setores estratégicos e visitas técnicas nas áreas de transição energética, saúde, agroalimentar e indústria aeroespacial. A parceria diplomática trará Claudia Sheinbaum, presidente do México, ao centro das negociações — estimulando o aprofundamento do acordo bilateral nas áreas de educação, biocombustíveis, inovação e farmacêutica.
O secretário Uallace Moreira Lima destacou que o principal objetivo é diminuir a dependência brasileira dos EUA — e mostrar que o Brasil tem alternativas robustas à sua disposição.
Enquanto Trump tenta isolar diplomática e comercialmente o Brasil, Alckmin viaja ao México em meio ao tarifaço dos EUA para mostrar o oposto: resiliência, força latino-americana e soberania. A pressão imperial norte-americana, que visa nos imposição unilateral de tarifas, encontra resposta sólida: uma rede de cooperação Sul–Sul que reforça a autonomia do país, e não o leva à submissão.