Redação

O vice‑presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), admitiu nesta terça‑feira que o governo brasileiro pode solicitar aos Estados Unidos uma prorrogação no prazo das negociações relativas à suspensão da tarifa de 50% imposta unilateralmente por Washington a produtos brasileiros. Alckmin afirmou que “o Brasil quer resolver o problema o mais rápido possível. Mas, se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, demonstrando flexibilidade diante das dificuldades colocadas pela medida norte‑americana. Frase‑chave na introdução: prorrogação nas negociações com os EUA.

Durante encontro com líderes da indústria nacional, o vice‑presidente destacou que o governo está mobilizado, ouvindo os setores afetados pelo tarifão, sinalizando uma reação estruturada com base na recém‑regulamentada Lei de Reciprocidade Econômica, que prevê contramedidas comerciais a possíveis ações unilaterais externas. A criação de um comitê interministerial, com representantes da Casa Civil, Fazenda e Itamaraty, reforça a estratégia de reação conjunta do governo. Alckmin explicou que não houve pedido formal até o momento, o que reforça a postura de diálogo técnico e prudente adotada pelo Executivo.

SETOR PRODUTIVO PRESSIONA POR PRAZO:
Representantes da Confederação da Indústria e outros setores apontam que 90 dias seriam essenciais para avaliar os efeitos das tarifas e tentar evitar o impacto, que ameaça confiança de setores como agronegócio, fundo industrial e metalúrgico. Alckmin confirmou reuniões previstas para esta terça-feira com a indústria pela manhã e com o agronegócio à tarde, em Brasília, para alinhar ações e ouvir demandas concretas.

REACÕES E ESTRATÉGIAS:
Caso não seja possível chegar a um acordo até 1º de agosto — data prevista para início da vigência da tarifa —, o governo brasileiro sinaliza que poderá aplicar as medidas de reciprocidade autorizadas pela nova legislação, em defesa da soberania e dos interesses econômicos do país.

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