Redação

A cantora popular Alcione (a “Marrom”) deu um show de ironia e coragem ao vivo no programa É de Casa, da TV Globo. Diante do noticiário sobre tarifas de até 50% impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros, ela lançou esta provocação: “vou fazer uma macumbinha para o Trump deixar o Brasil em paz”, implorando ironicamente por tranquilidade para o país.

Ela foi além ao defender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Alcione o chamou de “nosso ministro maravilhoso” e pediu a Trump que “largue Alexandre de Moraes” — gesto incomum numa televisão comercial. A atitude gerou aplausos no estúdio e repercutiu nas redes sociais.

O tom provocativo de Alcione reflete o sentimento crescente de repúdio às sanções e ao ataque econômico que o Brasil enfrenta nos últimos dias. No rótulo do “macumbão leve”, há uma indignação brasileira: afirma-se que o país não recebe ordens nem como sequestrado por retaliações aduaneiras.

A provocação bem-humorada da Marrom virou voz de resistência: enquanto Trump impõe tarifas para amedrontar o Brasil, a própria população insiste em repeli-lo com criatividade e cultura popular. Carvalho Requião, porta-voz da Frente Sul‑Americana contra as sanções, sintetiza: “quando cantora vira voz de protesto, o stúdio vira trincheira. E nós ocupamos essa trincheira”.

E para quem acha que cultura não tem peso, olha a Marrom fazendo política com o espírito dos que não se dobram.