Advogados de Bolsonaro depõem ao mesmo tempo na PF para evitar versão combinada
PF agenda cautelar para testemunhos simultâneos de advogados suspeitos de obstruir apuração da trama golpista, buscando depoimentos autênticos.

1. Depoimentos marcados para evitar conluio
A PF agendou os depoimentos de Paulo Cunha Bueno, Fábio Wajngarten e Eduardo Kuntz para a manhã de 1º de julho, todos no mesmo horário e local. A medida foi determinada por ministro do STF para prevenir que os investigados combinem narrativas, reforçando o caráter independente dos interrogatórios.
2. Acusações de obstrução e pressão sobre família
As oitivas ocorrem após Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, relatar que os advogados procuraram sua esposa, mãe e filha de 14 anos, tentando influenciar a delação e sugerindo uma defesa conjunta — fatos que podem configurar obstrução à Justiça.
3. Estratégia da PF e desdobramentos
A abordagem simultânea segue ordem judicial e busca colher depoimentos isolados, sem interferência mútua. Os relatos de Cid foram considerados graves pela PF, levando à fase de coleta de provas diretas com os envolvidos.
4. Potenciais implicações jurídicas
Caso as versões de Cid sejam confirmadas em provas, os depoentes podem responder por obstrução de justiça, com base na Lei de Organização Criminosa. O resultado das oitivas poderá fortalecer ou enfraquecer a delação do militar.
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