Cena inusitada marca sessão: defensor interrompe Heleno, relator Moraes ironiza e general admite silêncio parcial sobre trama golpista

Durante o interrogatório de Augusto Heleno nesta terça-feira (10), o defensor Matheus Milanez o repreendeu ao interrompê-lo: “a pergunta é só ‘sim’ ou ‘não’, desculpa”, referindo-se a investigações sobre suposto uso da Abin para produzir relatórios falsos. Heleno respondeu de forma evasiva, o que motivou a intervenção do próprio advogado.

O relator Alexandre de Moraes entrou na troca com ironia: “não fui eu, general Heleno, que fique nos anais aqui do Supremo, foi o seu advogado.” Durante o episódio, Moraes também descartou, de forma bem-humorada, um pedido anterior de adiamento da sessão motivado por refeições atrasadas — frisando que havia tempo até o almoço e que não trocaria o interrogatório por um brunch brasil247.com.

Heleno vem adotando o chamado silêncio parcial, respondendo apenas às questões de sua defesa. Quando questionado por sua conduta em produzir fake news ou atuar junto à Abin, limitou-se a negar qualquer envolvimento, justificando que “não havia oportunidade” para participar de atos ilegais.


Por que isso chama atenção

  • A repreensão do advogado evidencia que Heleno tende a respostas vagas, o que revela uma estratégia defensiva calculada.
  • A interação leve com Moraes revela um tom descontraído, apesar da gravidade das acusações.
  • O silêncio parcial reforça a cautela da defesa, mas pode ser interpretado como limitação à transparência, enquanto a acusação constrói narrativa sobre planejamento estrutural da trama golpista.

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