Defesa afirma que não há provas concretas; fala escancara a fragilidade da acusação da PGR diante do tribunal

A defesa do almirante Almir Garnier Santos, ex‑comandante da Marinha, entrou em cena com firmeza durante a sustentação oral no STF. O advogado Demóstenes Lázaro Xavier Torres rebateu a acusação da Procuradoria‑Geral da República (PGR) de que Garnier teria colocado tropas navais à disposição do plano golpista em 2022. Ele afirmou que a peça acusatória se apoia apenas em afirmações vazias, sem lastro concreto. “O procurador‑geral da União ficou apenas com a afirmação de que ele teria colocado tropas à disposição, evidentemente por ausência de lastro”, criticou.

A denúncia da PGR baseia‑se em depoimentos de ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, que teriam ouvido que Garnier estaria disposto a apoiar Bolsonaro. A defesa rebate com contradições entre os relatos dos militares e argumenta que a acusação é ampla demais e não individualiza a conduta do almirante. Segundo Demóstenes, isso fere o princípio do devido processo: “Todo processo tem que ter uma individualização. Embora o crime seja multitudinário, tem que se deixar claro o que foi que cada um fez.”

Ele também questionou por que os dois outros comandantes das Forças não foram denunciados, enquanto Garnier foi. Isso, segundo a defesa, demonstra seletividade e instabilidade na narrativa da PGR.

Fontes
Agência Brasil — Defesa de Garnier nega que ele tenha colocado tropas à disposição do golpe
Metrópoles — Advogado nega que Garnier tenha colocado tropas à disposição de golpe
CNN Brasil — Defesa de Garnier diz que acusação baseia-se em “discursos” e faltam provas

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