Presidente brasileiro destaca potencial da tecnologia russa em reunião com Putin durante visita à Rússia; parceria pode incluir transferência de conhecimento

Introdução: O Interesse Nuclear Brasileiro

Em encontro com o presidente russo Vladimir Putin nesta quarta-feira (15/05), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou o interesse do Brasil em estabelecer uma parceria estratégica com a Rússia para a construção de pequenas usinas nucleares modulares (SMRs, na sigla em inglês). A tecnologia russa, considerada uma das mais avançadas no setor, poderia ajudar o Brasil a diversificar sua matriz energética e levar energia nuclear a regiões remotas do país.


Detalhes da Proposta

1. O Que São Pequenas Usinas Nucleares Modulares (SMRs)?

  • Tamanho reduzido: Capacidade entre 50 e 300 MW, contra mais de 1.000 MW das usinas tradicionais.
  • Menor custo: Estimativa de US$ 3 bilhões por unidade, contra US$ 20 bilhões de Angra 3.
  • Flexibilidade: Podem ser instaladas em locais sem infraestrutura complexa.
  • Segurança avançada: Sistemas passivos de resfriamento reduzem riscos.

2. Pontos do Acordo em Negociação

Transferência de tecnologia para a indústria nacional
Construção de 4 a 6 unidades no Brasil até 2035
Parceria com a Eletronuclear e a Rosatom (estatal nuclear russa)
Possível instalação no Nordeste ou na Amazônia


Contexto Geopolítico

A aproximação com a Rússia ocorre em um momento de:

  • Crise energética global pós-guerra na Ucrânia
  • Pressão por energia limpa: Nuclear é alternativa a combustíveis fósseis
  • Tensões com EUA: Washington já sinalizou preocupação com cooperação tecnológica sensível

Lula destacou que o Brasil “não aceita tutela externa” em suas decisões energéticas, rebatendo críticas de potências ocidentais.


Próximos Passos

  • Grupo de trabalho binacional será formado em junho para detalhar o projeto
  • Visita técnica de engenheiros brasileiros à Rússia em julho
  • Previsão de assinatura do memorando até o fim de 2025

Controvérsias e Desafios

Sanções à Rússia: Acordo pode enfrentar obstáculos financeiros devido a restrições internacionais
Aceitação pública: Energia nuclear ainda gera debates sobre segurança e meio ambiente
Dependência tecnológica: Críticos alertam para riscos de vincular-se à Rússia


Conclusão: Uma Aposta Estratégica

A parceria nuclear com a Rússia representa:
🔹 Oportunidade de modernizar a matriz energética brasileira
🔹 Desafio geopolítico em um mundo polarizado
🔹 Teste para a política externa independente de Lula

O governo espera que as SMRs ajudem a reduzir emissões e garantir energia estável para o crescimento industrial.


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