Zambelli pede ataques a ministro da Itália para tentar sabotar extradição
Presa em Roma, a deputada orienta Allan dos Santos e Paulo Figueiredo a mobilizar “ataques” a Carlo Nordio nas redes. O recado, enviado em 2 de agosto, mira pressionar a decisão sobre sua extradição.

Zambelli pede ataques a ministro da Itália. É o retrato do desespero. Em mensagem enviada a familiares em 2 de agosto, a bolsonarista orienta os influenciadores Allan dos Santos e Paulo Figueiredo a iniciar uma campanha para tumultuar os perfis do ministro da Justiça italiano, Carlo Nordio, e “pedir por ela”. Quer transformar pressão digital em barganha contra a Justiça — dentro de outro país. A tática é velha: fabricar enxame, intimidar autoridade e vender narrativa de perseguição. Agora, com endereço italiano.
A informação, confirmada por diferentes veículos, expõe a aposta golpista no terreno externo. Zambelli pede ataques a ministro da Itália porque sabe que o caminho institucional a encurrala. Nordio tem papel-chave: decidir se mantém a prisão durante o trâmite e avaliar os requisitos formais da extradição. Ou seja, não é “like” que resolve — é direito. E direito não se dobra a vassalocratas.
O roteiro vem acompanhado de mise-en-scène. Cartas emocionais, pose de “exilada” e vídeos para a base. Mas a realidade é dura: Zambelli está recolhida em Rebibbia, em Roma, após ser capturada no bairro Aurélio, e aguarda nova análise judicial — com audiência marcada para 13 de agosto. O resto é ruído para tentar sabotar o processo legal e provocar uma reação política em Brasília. Não cola.
Politicamente, o recado é didático. A máquina vassalocrata tenta usar Allan dos Santos (foragido) e Paulo Figueiredo (denunciado) como tropa digital para hostilizar uma autoridade estrangeira e “amolecer” as instituições. Enquanto isso, o STF segue firme, a cooperação jurídica entre Brasil e Itália funciona e a lei anda. Quando a justiça age, o spam perde a voz.
No fim, sobra a pergunta incômoda: quem convoca ataque contra ministro de outro país não está defendendo liberdade; está praticando a velha chantagem digital travestida de “opinião”. O Brasil não pode aceitar que o barulho substitua a lei — nem aqui, nem lá fora.
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