Carlos Bolsonaro insinua que Alexandre de Moraes proíbe redes do pai e libera líder do Comando Vermelho
Em postagem agressiva nas redes sociais, Carlos Bolsonaro compara bloqueio de perfis de Jair Bolsonaro com suposta liberdade de contas ligadas ao crime organizado — e ataca o ministro do STF

O vereador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, usou suas redes sociais para lançar uma acusação direta e provocadora contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Segundo reportagem da revista Fórum, Carlos Bolsonaro insinuou que Moraes estaria “proibindo” o ex-presidente de usar plenamente suas redes, ao tempo em que “libera” perfis de um dos líderes do crime organizado no Rio.
No post, ele faz uma comparação contundente: o bloqueio ou restrição das redes sociais de Jair Bolsonaro seria uma medida política de censura, enquanto os perfis ligados ao Comando Vermelho, segundo ele, permanecem ativos sem nenhuma intervenção judicial ou de plataformas. Esta narrativa insinua uma “justiça seletiva” operada pelo ministro Alexandre de Moraes.
A postagem também intensifica o discurso do bolsonarismo contra as instituições de Justiça: Carlos Bolsonaro questiona o que chama de “privilegiamento” de perfis de facções em contraste com seu pai, preso domiciliado, impedido de manter liberdade plena nas redes. A crítica se insere no contexto mais amplo da ofensiva política bolsonarista, que aponta repetidamente o Supremo e Moraes como instrumentos de perseguição.
Por outro lado, analistas apontam que acusar o ministro de interferência política e censura sem apresentar provas concretas interfere no debate institucional e agrava as tensões entre o poder Executivo/legislativo informal bolsonarista e o Judiciário.
Em resumo, o episódio se soma à escalada retórica do bolsonarismo em direção ao enfrentamento institucional. A acusação de Carlos Bolsonaro lança faíscas sobre o ambiente político-judicial brasileiro e reacende o debate sobre liberdade de expressão, imunidade parlamentar e a atuação do Supremo Tribunal Federal no combate à desinformação e ao ativismo político radical.
Fonte: Revista Fórum

