Redação

O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes comunicou formalmente, nesta sexta-feira, seu pedido de desfiliação do PDT, partido ao qual esteve filiado desde 2015. O movimento reacende especulações sobre seu destino político, inclusive a possibilidade de disputar a presidência de 2026 sob legenda de centro ou direita.

Fontes ligadas a Ciro afirmam que ele avalia convites feitos por siglas como PSDB, PP e União Brasil, formulando uma estratégia opositora ao governo Lula mais alinhada ao espectro da “oposição liberal” e à crítica à polarização PT-Bolsonaro.

A saída exalta a contradição prática do discurso que Ciro adotou enquanto permaneceu no PDT: por anos se apresentou como “terceira via” entre Lula e Bolsonaro, mas hoje parece decidir romper com qualquer ilusão de alinhamento com o petismo e apostar numa plataforma distinta.

Analistas apontam que Ciro busca ocupar uma lacuna na direita moderada: com Lula consolidado à esquerda e Bolsonaro institucionalizado na extrema-direita, há espaço para uma candidatura que tente atrair descontentes de ambos os polos.

Porém, seu histórico eleitoral recente enfraquece a viabilidade dessa rota. Em 2025, ele chegou a descartar nova candidatura presidencial, alegando que a polarização encurrala o debate nacional.