John Bolton é indiciado por repassar dados sigilosos a parentes para uso em livro; entrega ao tribunal marca nova ofensiva judicial contra críticos de Trump

John Bolton, ex-assessor de segurança nacional do governo Trump, entregou-se voluntariamente nesta sexta-feira ao tribunal em Greenbelt, Maryland, após ser formalmente indiciado sob acusação de manipular e divulgar informações confidenciais do governo para uso pessoal.

Segundo a acusação, Bolton compartilhou documentos sigilosos, anotações de briefings de inteligência e registros de reuniões com autoridades, com dois parentes, com o objetivo aparente de utilizá-los em seu livro. Ele é o terceiro crítico proeminente de Trump a enfrentar processo recentemente, em meio a uma escalada de casos judiciais envolvendo figuras ligadas ao ex-presidente.

Na ocasião, Bolton não falou com a imprensa ao chegar ao tribunal. Em nota anterior, ele declarou que pretende “lutar para defender minha conduta legal e expor o abuso de poder” de Trump. A defesa, por sua vez, sustentou que Bolton não violou leis de sigilo nem armazenou dados indevidamente.

Esse caso anuncia mais uma guinada na judicialização da política nos EUA — com ofensivas legais concentradas em figuras que questionaram Trump, simbolizando um aprofundamento do uso da Justiça como arena de disputa política.

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