Redação

Durante encontro diplomático entre Brasil e EUA em Washington, o secretário de Estado Marco Rubio declarou com firmeza que apenas o presidente Donald Trump teria autoridade para autorizar a suspensão das tarifas impostas ao Brasil. A afirmação reforça que a negociação das medidas comerciais não poderá ser conduzida por interlocutores intermediários.

O governo brasileiro havia solicitado formalmente a suspensão das tarifas na reunião entre o chanceler Mauro Vieira e Rubio, em que foram discutidos os impactos econômicos das medidas contra setores como aço, alumínio, celulose e produtos agrícolas. Rubio rebateu dizendo que tais tarifas foram adotadas por razões “econômicas e políticas” e que seu cargo não lhe confere poder de revogá-las unilateralmente — a prerrogativa é somente do presidente Trump.

O episódio revela a vulnerabilidade diplomática do Brasil. Mesmo com mobilização posterior e retórica insistente, cabe a Trump decidir se recua ou não do “tarifaço”. Também deixa clara a linha de comando dos EUA: decisões centrais sobre comércio bilateral não serão delegadas.

Ao final da reunião, equipes dos dois lados acordaram que fariam estudos técnicos e negociações preparatórias para um possível encontro entre Lula e Trump, ainda sem data definida.