Problema de saúde coincide com pedido de aposentadoria; cenário político se move para nomeação no STF.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, foi internado na noite desta quarta-feira (15) após passar mal enquanto estava no tribunal em Brasília. Segundo a assessoria da Corte, o diagnóstico inicial aponta para uma vírus como causa provável — mas ele deverá permanecer hospitalizado para exames adicionais.

O episódio se dá poucos dias após Barroso protocolar pedido de aposentadoria antecipada, licença essa que foi publicada no Diário Oficial da União, embora só passe a valer no próximo dia 18. A movimentação já produziu o ruído político esperado: o presidente Lula deverá indicar Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para ocupar a vaga aberta no STF.

A internação de um ministro da Suprema Corte gera inevitáveis especulações num momento sensível na política nacional. Há quem veja no episódio um pretexto para atrasos em decisões judiciais ou — até mesmo — manobras para ganhar tempo. Se o corpo fragilita, a caneta institucional perde força momentânea.

Na linha de frente, cresce a pressão para a sabatina de Messias no Senado, enquanto lideranças progressistas cobram que a indicação respeite diversidade: historicamente, o STF conta com poucas mulheres e ainda menos juízas negras.

A instituição suprema do país, neste momento de fragilidade física e institucional, se move sob tensão: é hora de mostrar que a curva da Justiça não se curva ante intempéries políticas.

Fonte: ICL

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