Em entrevista ao 247, parlamentar afirma que comparecimento israelense em cela incluiu comentário ofensivo com referência ao nazismo

A deputada Luizianne Lins (PT-CE) revelou à Revista Fórum / 247 que, durante seu período de detenção em Israel, um ministro de segurança nacional do país fez uma referência explícita a Hitler ao se dirigir a ela — gesto interpretado como provocação política direta ao Brasil e ao presidente Lula.

Luizianne afirma que a retaliação diplomática israelense contra o Brasil teria sido motivada pelo reconhecimento brasileiro do genocídio em Gaza e por críticas oficiais às operações militares israelenses. Ela conta que, enquanto estava presa, percebeu tratamento diferenciado em relação a cidadãos de outras nações brasileiros, o que reforça seu relato de motivação política latente por trás do comentário.

“Ele mencionou Hitler ao se dirigir a mim, como se estivesse mandando uma mensagem direta ao Brasil e ao Lula”, disse a deputada. Segundo ela, não se tratou de erro de linguagem, mas de ato com simbologia pesada.

A parlamentar condiciona essa provocação à tensão crescente entre os dois países após o governo brasileiro ter classificado como genocídio os ataques israelenses e ter retirado seu embaixador de Tel Aviv. Ela considera que esse gesto simbólico buscou intimidar o Brasil e marcar posição contra o posicionamento brasileiro em foros internacionais.

Para aliados e analistas críticos do governo Bolsonaro e da política externa israelense, o episódio é mais um entre muitos sinais de que o “silenciamento diplomático” tem como moeda o uso de insultos simbólicos. A menção ao nazismo funciona como artifício para provocar nacionalismos e tensionar relações, especialmente quando feita a um representante de Estado com peso territorial e simbólico como o Brasil.

Fonte: Revista Fórum / Brasil 247

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