Movimento estratégico busca recuo da métrica bolsonarista e busca fusão política com tradição regional

Nos bastidores políticos do Rio de Janeiro, o PL de Bolsonaro estuda a possibilidade de apoiar Eduardo Paes (PSD) como candidato ao governo estadual nas eleições de 2026. A movimentação surge como gesto estratégico para recompor forças e ampliar influência onde o bolsonarismo sofre desgaste.

A articulação estaria sendo conduzida por líderes do PL que identificam em Paes — com forte enraizamento regional — uma ponte política para reverter perdas locais e resgatar relevância eleitoral. O apoio seria uma espécie de trégua pragmática: abandonar disputas simbólicas para fortalecer presença institucional.

Essa alternativa ganha força especialmente porque, nos levantamentos recentes, Paes aparece como líder em cenários para o governo do Rio. Em pesquisa Real Time Big Data, ele lidera todos os testes estimulados, em alguns cenários com até 61% das intenções de voto. CNN Brasil

Se confirmada, essa aliança pode representar recuo tático do bolsonarismo puro e simples — admitir que, em alguns estados, a sobrevivência política passa por aquisições regionais. Também poderá gerar estranhamento entre militantes mais ideológicos que aguardam candidaturas próprias.

A missão agora é articular apoios internos, convencer grupos históricos do PL e negociar espaço na chapa majoritária. Para Eduardo Paes, seria oportunidade de somar uma base nacional conservadora ao seu capital local. Para o PL, chance de recompor atuação estadual após perdas expressivas em eleições municipais e legislativas.

Restam muitas dúvidas: até que ponto o bolsonarismo vai abrir mão de protagonismo ideológico? Quanto peso Paes exigirá em troca? E como reagirão militantes que viram adversários históricos? Essa negociação pode redesenhar o mapa político do Rio de Janeiro.

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