Desespero de Flávio Bolsonaro: Números “Eduardo 41% x Lula 38%” são usados como farsa política
Divulgação estratégica manipula dados eleitorais inverificáveis para construir narrativa de virada; trata-se de fake news com cheiro de desespero

Nas últimas horas, Flávio Bolsonaro divulgou uma “pesquisa” afirmando que Eduardo Bolsonaro venceria Lula no segundo turno com 41% contra 38%. Mas a checagem mostra: não há vestígio confiável desse resultado em institutos sérios ou relatórios públicos.
Busquei em bases de pesquisas eleitorais recentes (Gerp, Quaest etc.) e não encontrei nenhum levantamento que confirme exatamente esses números — ao contrário: os resultados mais divulgados mostram cenários de empate técnico, margens de erro e variações amplas, nunca uma vitória certa com vantagem de 3 pontos como essa.
Não se trata de simples especulação: é mecanismo clássico de fake news eleitoral — fabricar ou descontextualizar números para projetar confiança, estimular bases e tentar ósmese simbólica antes da eleição.
Esse tipo de manobra já foi usada no bolsonarismo em eleições passadas, combinando desinformação estratégica e mobilização digital para impulsionar narrativas irreais.
A diferença é que agora, em 2025/2026, o desgaste do bolsonarismo é tão grande que não basta discurso: precisam criar “pesquisas” que parecem legítimas para alimentar esperança ou impressionar simpatizantes. É uma ofensiva simbólica desesperada.
Portanto, esses números — “Eduardo 41% x Lula 38%” — até aqui são mais narrativa do que evidência. Qualquer veículo que divulgue sem mostrar metodologia, data, tamanho da amostra e fonte reconhecida está reproduzindo fake news eleitoral.