Disputa por poder no partido e insatisfação com Valdemar Costa Neto fomentam debandada bolsonarista

Rumores de uma debandada no PL ganham força em Brasília. O deputado Eduardo Bolsonaro já avalia deixar o partido — e busca convencer até 30 deputados a acompanhá-lo, segundo fontes internas.

A motivação central é o descontentamento com Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, especialmente na disputa sobre recursos partidários e estrutura de comunicação que Eduardo considera insuficientes para sustentar sua articulação política — inclusive com foco internacional.

Disputas internas e fragilidades

Aliados de Valdemar afirmam que Eduardo já demonstrou insatisfação até com o financiamento do PL Mulher, que é presidido por Michelle Bolsonaro. Segundo esses dirigentes, o partido estaria investindo mais visibilidade nessa frente feminina enquanto negligencia apoio à estrutura que Eduardo pleiteia para ampliar sua presença política.

Dentro do PL, recados foram enviados diretamente à família Bolsonaro para que haja intervenção diante da escalada do conflito — uma tentativa de acalmar a rebelião antes que ela mude o mapa político da direita.

Debandada com impacto no Congresso

O gesto de Eduardo pode mexer com as bases da Câmara: se concretizado, ele pode arrastar cerca de 30 deputados para fora do PL — o que enfraqueceria o partido e abriria espaço para realinhamentos partidários no campo conservador.

O destino desses parlamentares ainda é incerto. Um dos nomes especulados é o PRTB, mas muitos aguardam como estratégia de barganha para negociar melhor espaço e benefícios em outras legendas.

Jair Bolsonaro entra na contenda

Mesmo preso domiciliar, Jair Bolsonaro já atua nos bastidores. Ele teria pedido trégua entre pai e filho, especialmente para não sacrificar alianças estratégicas do PL para 2026.

Há quem afirme que o ex-presidente busca preservar o controle partidário para manter uma base viável e não permitir que divisões internas inviabilizem articulações eleitorais futuras.

Consequências políticas e riscos

Se a debandada se concretizar, o PL sofrerá um golpe de legitimidade interna e externa. A legenda perderá musculatura na Câmara, e posições que hoje parecem consolidadas passarão por disputa.

Também pode desencadear uma nova configuração da direita brasileira: aliados poderão migrar a outras siglas, formar chapas alternativas ou negociar apoio político em troca de espaço.

Do ponto de vista eleitoral, essa crise interna pode enfraquecer candidaturas bolsonaristas em 2026 ou privilegiar outras lideranças da direita moderada ou extrema.

Fonte: Brasil247

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