Redação

Brasília / Washington — Uma delegação composta por 19 entidades da sociedade civil embarcou para Washington nesta segunda (29) com objetivo claro: reagir à articulação golpista que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vem promovendo nos Estados Unidos. Os grupos pretendem denunciar o lobby anti-Brasil que pressiona sanções contra autoridades nacionais e ampliar a voz democrática internacionalmente.

A iniciativa é conduzida pelo Washington Brazil Office (WBO), que atua como ponte entre agendas brasileiras e interlocutores estrangeiros. O grupo deve visitar a central sindical AFL-CIO e escritórios de parlamentares no Capitólio, entre outras instituições, para expor os riscos de uso de poder americano contra o Estado brasileiro.

Segundo representantes da ação, quando as narrativas diplomáticas soam institucionalizadas e dependentes de governos, muitas vezes são vistas com desconfiança. A presença da sociedade civil confere independência e legitimidade. “O interlocutor escuta diferente quando quem fala não é Estado, mas entidade com compromisso social”, disseram coordenadores.

A articulação golpista de Eduardo Bolsonaro envolve pressão junto a autoridades americanas para impor sanções contra agentes públicos brasileiros. Essa operação, acusam os grupos, configura atentado à soberania nacional.

O movimento das entidades representa não apenas um ato simbólico: é uma estratégia de internacionalização da resistência democrática. Ao levar a disputa para Washington, pretendem condicionar autoridades externas a levar em conta a legalidade brasileira e a integridade institucional.

Se Eduardo e seus apoiadores querem usar o governo Trump como intermediário de chantagem política no Brasil, que saibam: haverá vozes independentes na praça. E elas não se silenciam diante de ameaças à democracia.

Fonte: DCM