Presidente do STF sinaliza que corte pode adotar medidas políticas ou judiciais contra ações americanas que atingem ministros da Suprema Corte

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (26/9) que a corte não descarta reagir às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos a ministros do STF. Porém, disse que aguardará o término do julgamento sobre a chamada “trama golpista” para decidir sobre eventuais medidas.

Barroso foi questionado sobre como os ministros reagiram às sanções — medidas como suspensão de vistos e aplicação da Lei Magnitsky foram aplicadas contra pelo menos seis magistrados da corte, segundo relatos. Ele declarou:

“A ideia é esperar acabar o julgamento para pensar em qualquer eventual medida, seja política ou judicial.”

Entre os magistrados atingidos pelas sanções estão Barroso, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes — este último relator dos processos da trama golpista.

O STF também já enfrenta tensão diplomática com os EUA, que justificaram as sanções alegando críticas externas ao funcionamento da corte brasileira. Barroso ressaltou que o Supremo permanece disposto ao diálogo institucional, mas que “não descarta” respostas em defesa da autonomia da Corte.

O julgamento dos núcleos da trama golpista — tema que Barroso colocou como prioridade antes de reagir — ainda está em curso. O núcleo 1 já foi julgado e condenado; os núcleos 2, 3 e 4 seguem pendentes para o fim deste ano.

Fonte: AgênciaBrasil

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