O ex-presidente reconheceu que a fala “eu não sou coveiro” marcou sua imagem de forma devastadora, afastando principalmente eleitoras e contribuindo para sua derrota em 2022

Jair Bolsonaro admitiu a Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que se arrepende de uma das frases mais infames de seu governo: o “eu não sou coveiro”, dito em tom de ironia quando questionado sobre mortes pela Covid-19. Valdemar destacou que a declaração destruiu a imagem do então presidente diante do eleitorado feminino, que viu na postura desumana um desprezo pelas famílias em luto.

A repercussão negativa foi tão grande que o PL chegou a cogitar indicar uma mulher como vice na chapa de 2022, mas acabou mantendo a lógica militar ao escolher Braga Netto. O resultado foi catastrófico: derrota nas urnas, prisão decretada pelo STF por tentativa de golpe e a imagem de Bolsonaro cristalizada como símbolo de crueldade e insensibilidade.

A confissão tardia não muda o fato de que a frase ecoará como marca de um governo genocida, que escolheu debochar da dor em vez de proteger vidas.

Fonte: DCM

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