PL avalia impacto de ofensiva de Eduardo Bolsonaro nos EUA e teme reação do STF
Partido teme sanções institucionais após escalada diplomática que ultrapassa o script interno

A movimentação diplomática e midiática de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos está acendendo alertas dentro do Partido Liberal (PL). Aliados avaliam que sua ofensiva — que inclui defesa pública de sanções internacionais contra autoridades brasileiras — pode provocar retaliações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a legenda.
Fontes consultadas pelo Brasil 247 indicam que uma ala do PL teme que o ministro Alexandre de Moraes use competências de controle institucional para aplicar multas, penalidades ou restrições ao partido. Tal cenário poderia atingir os recursos do PL e, por consequência, comprometer sua estrutura organizativa e preparação eleitoral para 2026.
Internamente, o PL está dividido. Alguns defendem que o partido deve se posicionar ao lado de Eduardo, como forma de resistência ao que percebem como “intervenção judicial” na política; outros argumentam que a escalada diplomática do deputado é arriscada e pode ser o estopim para sofrer sanções institucionais.
Não é apenas retórica: Eduardo e o jornalista Paulo Figueiredo já foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), sob acusações de usar conexões nos EUA para pressionar pelo arquivamento de iniciativas investigatórias ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Se o STF decidir agir, o PL entrará numa encruzilhada: ou apoia publicamente a ofensiva diplomática de Eduardo — com risco institucional real — ou se distancia dele para preservar sua integridade partidária.
Fonte: Brasil247