Filho de Jair Bolsonaro reage com fúria a estratégia de parceiros, sugere traição e ameaça disputa interna

Em uma manifestação pública marcada por emoção e críticas afiadas, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) acusou aliados de conspirar para obter “espólio eleitoral” em torno das disputas políticas futuras — e lançou ataques indiretos ao ministro Alexandre de Moraes, ao sugerir que ele influencia manobras nos bastidores da política bolsonarista.

O episódio revela desgaste intenso no núcleo do bolsonarismo: a tensão entre a ala de Eduardo Bolsonaro, os parlamentares radicais e os quadros partidários tradicionais ganhou um componente simbólico. Carlos dispara que há quem esteja disposto a dilapidar o legado político de seu pai para aproveitar vantagens momentâneas — uma acusação ampla de traição interna.

Embora não tenha citado nomes, o tom de “chilique político” — como classificou interlocutores — expressa que o confronto é profundo. A menção a Moraes, ainda que velada, aponta que Carlos vê atuação judicial ou institucional como parte da trama que, ao seu ver, direciona o “espólio eleitoral” de Bolsonaro para fora do seu controle.

Esse tipo de disputa pública entre aliados fortalece narrativas de enfraquecimento interno. Se a base se fragmenta por dentro, quem se beneficia é quem já pressiona nas bordas: figuras do centrão, nomes emergentes de direita não ligada ao bolsonarismo ou até projetos moderados podem ganhar espaço no vácuo.

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