Redação

A Suprema Corte está diante de um dilema delicado: mandar o ex-presidente Jair Bolsonaro para uma cela especial no Complexo Penitenciário da Papuda (Brasília), mesmo com seu estado de saúde já notório, ou mantê-lo sob prisão domiciliar. A proposta de transferência aparece como tentativa simbólica de reafirmar isonomia no sistema prisional — mas vem sendo revista diante da necessidade de atendimento médico objetivo.

Segundo reportagem do Piaui Hoje, o debate gira entre dois caminhos: manter Bolsonaro em casa, sob custódia, ou movê-lo temporariamente para uma cela diferenciada até que o STF decida definitivamente. A alternativa de mantê-lo em instalações da Polícia Federal ou até mesmo em quartel militar também foi estudada, embora considerada menos provável.

Fontes revelam que o agravamento da condição abdominal do ex-presidente — junto aos efeitos colaterais de doenças crônicas como hipertensão, gastrite e refluxo — pesa fortemente na defesa de manter o regime domiciliar. A transferência para a Papuda teria caráter mais político e simbólico do que prático, para que Bolsonaro não receba tratamento “sem privilégios” em comparação a outros presos.

Já a defesa promete reação rápida: caso a ordem de transferência seja efetivada, seus advogados devem ingressar imediatamente com recursos judiciais para reverter o ato e restabelecer o regime domiciliar.

O ex-presidente Jair Bolsonaro já se encontra em prisão preventiva, após descumprimento de medidas cautelares em processo referente à tentativa de interferência judicial. Seu regime domiciliar tem sido justificado também por seu estado clínico debilitado.

Fonte: Piaui Hoje.