Moraes encaminha à PGR investigação contra Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer por fake news sobre o Banco do Brasil
Acusação aponta disseminação de desinformação que teria ameaçado estabilidade financeira em reação às sanções dos EUA; bancada do PT cobra medidas imediatas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o influenciador Gustavo Gayer. A suspeita é de que ambos participem da disseminação de notícias falsas envolvendo o Banco do Brasil. A iniciativa parte da bancada do PT, que acusa os investigados de promoverem uma campanha de desinformação capaz de semear pânico financeiro.
Segundo o pedido, as fake news teriam começado após o Banco do Brasil divulgar posição contrária às sanções impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos via OFAC, no contexto da chamada Lei Magnitsky. O ofício enviado pelo banco à AGU (Advocacia-Geral da União) descreve que, desde 19 de agosto de 2025, perfis bolsonaristas passaram a divulgar conteúdos falsos que poderiam comprometer a normalidade institucional.
A AGU já solicitou à Polícia Federal que abra investigação formal sobre esses atos. A justificativa é que tais campanhas de desinformação não se limitam ao debate político: elas colocam em risco a confiança no sistema financeiro nacional. Caso confirmadas irregularidades, Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer podem responder por crimes relacionados à difusão de notícias falsas, crime contra a economia nacional ou outros enquadramentos conforme legislação vigente.
Até o momento, não há prazo definido para que a PGR ou a PF devolvam um posicionamento oficial, nem está claro quais serão os próximos passos no inquérito. A pressão política, entretanto, tende a aumentar, dado o impacto potencial que notícias falsas podem provocar em instituições-chave.