Jair Bolsonaro passa a noite no hospital após mal-estar em Brasília
Crise inclui soluço, vômito, queda de pressão e deja-vu médico em meio à tensão política

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado no hospital DF Star, em Brasília, nesta terça-feira (16/9/2025), após um episódio de mal-estar que incluiu soluços fortes, vômitos e queda da pressão arterial. Ele deixará a prisão domiciliar para permanecer internado pelo menos até a manhã de quarta (17).
Detalhes do caso
- Bolsonaro foi levado ao hospital após apresentar sintomas agudos: “crise de soluço, vômito, pressão baixa”, segundo relatos de seu filho, senador Flávio Bolsonaro.
- O médico cardiologista que o acompanha, Leandro Echenique, confirmou à imprensa que o paciente permanece em observação.
- Também foi relatado que Bolsonaro chegou a ficar cerca de dez segundos sem respirar, segundo Flávio.
- Médicos de São Paulo teriam sido acionados para acompanhar o caso.
Situação política e repercussão
- A internação ocorre em meio a forte pressão sobre Bolsonaro, após sua condenação pelo STF à pena de 27 anos e três meses de prisão, por participação em trama golpista.
- Seu filho Flávio Bolsonaro classificou os sintomas como reflexo de um “massacre psicológico” que o ex-presidente estaria sofrendo. Flávio apontou como causas estresse decorrente de medidas judiciais, cerco policial, revisões constantes de restrições e clima de instabilidade institucional.
- Bolsonaro já vinha sendo submetido a exames no hospital nos últimos dias, incluindo retirada de lesões de pele e diagnóstico de anemia.
O que esperar nos próximos dias
- Bolsonaro permanecerá em observação médica pelo menos até o dia seguinte. Qualquer decisão sobre alta dependerá dos resultados dos exames e de sua estabilidade clínica.
- O episódio pode pesar para sua defesa em processo judicial, sobretudo no que se refere às condições de cumprimento da prisão domiciliar versus regime de internação, ou na negociação de regimes mais brandos diante de deterioração da saúde.
- Também pode ampliar o debate público sobre o tratamento institucional dado a lideranças políticas condenadas e sob prisão domiciliar, especialmente quanto à saúde como argumento legítimo para amenizar restrições.
Fontes:
CNN Brasil
Agência Brasil / EBC
Reuters