Mesmo com os obstáculos, o deputado vai tentando manter a "chama bolsonarista" viva

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vem traçando uma estratégia clara para disputar a Presidência da República em 2026, apesar da condenação de seu pai e de incertezas jurídicas.

Cenários que Eduardo considera

  • Cenário otimista: depender de uma anistia ampla aprovada no Congresso, para permitir o retorno de Jair Bolsonaro ao país. Se isso ocorrer, o ex-presidente apoiaria pessoalmente Eduardo na campanha.
  • Plano B: caso a anistia não vingue, Eduardo considera disputar a partir dos Estados Unidos, onde mora desde fevereiro de 2025. A ideia é capitalizar a visibilidade internacional, polarizando com a narrativa de perseguição judicial e mobilizando sua base mesmo à distância.

Desafios no caminho

  • Há o risco de inelegibilidade se Eduardo for condenado pelo STF em inquérito que o investiga por coação, obstrução de investigação e atos considerados contra o Estado Democrático de Direito.
  • Para viabilizar candidatura, ele pode ter que trocar de partido, deixando o PL, especialmente se outros nomes da direita, como Tarcísio de Freitas, entrarem em posição de destaque ou migrarem para o PL.
  • Manter presença política mesmo fora do Brasil, articulando discursos, alianças e tentando evitar estrangulamentos legais que limitem sua participação eleitoral.

Motivações e aposta política

  • Eduardo vê nessa candidatura uma forma de prolongar a influência política da família Bolsonaro, mesmo diante de derrotas judiciais ou limitações legais.
  • Ele aposta que sua candidatura poderá inibir outros nomes da direita, ao capturar o voto bolsonarista e polarizar o debate em torno do bolsonarismo vs. “direita permitida”.
  • Também planeja construir uma base política mais ajustada às suas visões, além de pensar na formação de uma nova legenda, mais alinhada aos seus princípios, caso se desligue do PL.

O que aguardar

Essa trajetória dependerá muito de decisões do Congresso (como a anistia), de eventuais decisões judiciais favoráveis ou desfavoráveis e de como o eleitorado vai reagir ao projeto bolsonarista em 2026. Eduardo parece preparado para enfrentar esse cenário com resiliência, mesmo que isso signifique concorrer do exterior ou sem a presença física do pai, mas sempre mantendo o discurso de que há embates institucionais que extrapolam o campo eleitoral.

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