Redação

Em uma escalada política de corte antidemocrático, o influenciador bolsonarista Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho — neto do ex-ditador João Figueiredo — disparou com clareza: a proposta de anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2023 será “ampla, geral e irrestrita” e implementada “por bem ou por mal”, sem discussão sobre inclusão ou exclusão de Jair Bolsonaro. O projeto, segundo ele, já foi levado à Casa Branca em articulação conjunta com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

A mobilização sugere uma conexão vergonhosa entre o bolsonarismo e interesses geopolíticos: em troca da anistia, os Estados Unidos prometeriam suspender tarifas por 60 dias e rever a aplicação da Lei Magnitsky para ministros do STF — com exceção de Alexandre de Moraes. Esses meandros mostram que o projeto caminha com respaldo político tanto interno quanto externo, desafiando os próprios mecanismos institucionais brasileiros.

Internamente, essa pressão agrava o racha no PL. Eduardo Bolsonaro, em reação recente, denunciou que setores do partido tentam excluir seu pai da anistia para forçá-lo a ceder à tramitação.

Por outro lado, especialistas jurídicos alertam que o STF não permitirá manobras que exonerem crimes contra a democracia. O professor Rodrigo Pardal destacou que a corte já consolidou limites claros contra indultos ou anistias que atenuem violações ao Estado democrático de Direito.

Fontes

1. Brasil 247 – Reportagem: “Anistia ampla, geral e irrestrita será aprovada ‘por bem ou por mal’, ameaça bolsonarista Paulo Figueiredo” — detalhes sobre a articulação internacional e cronograma pós-STF.
2. Brasil 247 – Matéria: “Nem dentro do PL de Jair Bolsonaro há consenso sobre uma anistia ‘ampla e irrestrita’ aos golpistas” — conflito dentro do PL e posicionamento de Eduardo Bolsonaro.