Malafaia nega ser “bolsominion”, diz não temer prisão por Moraes e chama de covardes os omissos
Pastor desafia STF, protege Bolsonaro e se coloca como voz profética — mesmo sob investigação

O pastor Silas Malafaia, braço ideológico bolsonarista e investigado pela Polícia Federal no inquérito sobre atos antidemocráticos, deu o recado: nega ser “bolsominion” e garante que, se for preso, será vítima de “perseguição política e religiosa” — não teme.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, enquanto o julgamento de Bolsonaro acontecia no STF, Malafaia atacou colegas evangélicos que se calam diante do Judiciário: classificou-os como “covardes” e omissos por medo de retaliação. Ele classificou seus pares em três grupos: os que evitam política, os que são “omissos e covardes” e os que não têm preparo argumentativo. Ele ainda declarou: “Se eu for preso vai ser a maior covardia”.
Mesmo sob operação da PF — que lhe tomou passaporte, celular e até os cadernos de esboço bíblico — Malafaia mantém a pose de resistência heroica. Ele confirmou que financiou atos bolsonaristas com recursos da editora Central Gospel, como os R$ 35 mil destinados ao trio elétrico em Copacabana em 7 de setembro de 2022. Apesar disso, rejeita veementemente qualquer candidatura: “Não sou candidato a nada”, afirma, dizendo que só se lançaria se tivesse “sinal divino”. Melhor se apresentar como “voz profética”, não um salvador messiânico.
Ele reafirma sua aliança com Bolsonaro, mas nega alienação automática e desdenha rótulos: “Sou aliado, não alienado nem bolsominion”. E provoca: colega evangélico que foge da luta? Covarde.
Fontes
- Diário do Centro do Mundo – “Malafaia nega ser ‘bolsominion’ e diz que, se for preso, ‘será a maior covardia’”, 4 de setembro de 2025
- UOL / CNN – Notas sobre o cerco judicial e comparações extremas contra Moraes
Se já está dizendo isso, no mínimo já pensou em ser candidato.