Advogado do general acusa delator de falsificar narrativa, reafirma contradições e questiona credibilidade de delação premiada

A defesa do general Walter Braga Netto não mediu as palavras ao rebater o ex‑ajudante de ordens Mauro Cid. Em entrevista contundente, o advogado José Luis Oliveira Lima acusou Cid de mentir “descaradamente” durante as investigações da tentativa de golpe, afirmando que o delator “falta com a verdade” repetidamente.

Para o defensor, Mauro Cid apresenta versões contraditórias. Primeiro falou que recebeu dinheiro dentro de uma caixa de vinho em uma garagem; depois mudou para um estacionamento; agora incluiu uma sala da ajudância. Sem provas. Sem nenhuma comprovação.

A acareação, realizada no Supremo Tribunal Federal, coloca o delator frente a frente com Braga Netto. A defesa pretende que esse momento sirva para expor as inconsistências das versões oferecidas e desarticular o núcleo da delação.

A fala de Lima deixa claro: “Você vai dar credibilidade a este réu delator que mente descaradamente o tempo inteiro?” Ele enfatizou que o general está preso com base nas declarações de Cid e que sua defesa se indigna com esse fundamento.

A Cruz da delação premiada balança sobre questionamentos como este. Se for comprovado que Cid mentiu, todo o acordo pode ser anulado — e sua delação, deslegitimada.

Enquanto isso, o STF segue firme, coletando versões, confrontando provas e defendendo a verdade institucional — bem diferente do discurso oscilante de um delator entre salas, garagens e versões desconectadas.

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