Ex‑ajudante de ordens afirma que não houve coação, busca confirmar benefícios firmados na colaboração e enfrenta acusações com firmeza institucional

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, apresentou nesta terça-feira (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido firme: manter os benefícios da delação premiada firmada com a Polícia Federal durante as investigações da trama golpista que tentou reverter o resultado das eleições de 2022.

Durante a sustentação oral, o advogado Jair Alves Pereira rebateu acusações de réus citados por Cid, afirmando que ele não foi coagido a colaborar. Ele destacou que críticas à condução da investigação — como as trazidas pela revista Veja — são legítimas no Estado Democrático de Direito. Afinal, “qual é o indiciado que concorda com o delegado ou com o juiz?”, provocou.

Cid figura como delator e réu no processo. Acordos de colaboração como o dele podem garantir responder em liberdade e reduzir pena, caso seja condenado.

O ex‑militar negou envolvimento com o “Plano Punhal Verde‑Amarelo”, documento que teria previsto o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Ele diz que recebeu o arquivo apenas por WhatsApp e nunca integrou os grupos onde o plano foi discutido.

“Peço a confirmação da colaboração premiada, com todos os benefícios ajustados, nos termos das nossas alegações finais”, concluiu o advogado.

A sessão continua com as sustentações das outras defesas. O julgamento, conduzido pela Primeira Turma do STF, deve seguir em novas audiências até o dia 12 de setembro

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.