Redação

Brasília, 1º de setembro de 2025 — O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu com indignação à crescente especulação de que sua mãe, Michelle Bolsonaro, possa ser candidata à Presidência em 2026. Em entrevista ao canal de Claudio Dantas no YouTube, o parlamentar apontou que Michelle “nunca se abriu para o público politicamente” e rejeitou a ideia com veemência.

Arriscando um alerta combativo, Eduardo denunciou uma articulação dentro do PL para direcionar a vaga de sucessor não a ele, nem a seu irmão Flávio, tampouco a alguém que represente uma identidade bolsonarista genuína — mas sim para figuras como Tarcísio de Freitas. “Querem tirar eu, querem tirar o Flávio. Querem enterrar o movimento do Bolsonaro”, disse ele com tom acusatório, como quem denuncia um golpe interno.

Ainda assim, Eduardo se disse confiante no respaldo popular que detém — embora ressalte que não busca a disputa, mas a encararia “em caso de necessidade”. Antes disso, pontuou, o PL deveria reafirmar sua identidade como partido conservador e bolsonarista, deixando claro que muda de posição apenas se o projeto se desvirtuar.

É neste clima que a crise interna do PL expõe uma disputa de narrativa. De um lado, figuras fora do núcleo familiar influenciam as escolhas; de outro, os filhos de Bolsonaro se veem empurrados para os bastidores. Eduardo ameaça romper — ou forçar resistência. A democracia informal se joga nas letras dos grupos de WhatsApp, nos corredores palacianos e nos microfones dos podcasts.