Presidente da Casa evita agir contra deputado foragido, promete apenas “avaliar” e garante sobrevida ao mandato que já não representa o Brasil.

Hugo Motta protege Eduardo ao ignorar cassação

O que já era esperado se confirmou: Hugo Motta protege Eduardo Bolsonaro ao se esquivar do pedido de cassação apresentado contra o deputado. Questionado sobre o tema, o presidente da Câmara dos Deputados respondeu apenas que “vai avaliar” o processo. Essa frase, aparentemente neutra, é na prática um salvo-conduto para manter Eduardo em segurança. Afinal, quem “avalia” indefinidamente também posterga, engaveta e empurra com a barriga aquilo que deveria ser tratado como prioridade democrática.

Mandato remoto expõe a farsa política

Mais grave ainda: Eduardo não está sequer no Brasil. Vive no exterior, posando de articulador político em Washington, como se fosse possível governar em “home office”. No entanto, a Câmara, sob comando de Hugo Motta, parece aceitar passivamente essa farsa institucional. Ao não impor limites, o presidente da Casa reforça a imagem de que Eduardo é um parlamentar de privilégios, blindado contra as regras que qualquer outro deputado teria de cumprir. Assim, Hugo Motta protege Eduardo ao transformar um absurdo em rotina.

A cumplicidade do Centrão

Não é coincidência que o Centrão esteja envolvido até o pescoço nesse processo de blindagem. Hugo Motta, integrante desse bloco fisiológico que governa conforme seus próprios interesses, atua como escudo para Eduardo. Em vez de defender a Constituição e a dignidade do mandato parlamentar, prefere agir como advogado informal de um deputado que sequer cumpre suas funções no país. Dessa forma, a mensagem transmitida é clara: não importa a lei, o regimento ou o povo — o que importa é proteger os aliados estratégicos.

Hugo Motta protege Eduardo e ameaça a credibilidade da Câmara

Ao manter a cassação no limbo, Hugo Motta protege Eduardo e, ao mesmo tempo, fragiliza a imagem da Câmara dos Deputados. Como justificar que um parlamentar que não pisa no plenário continue recebendo salário, verbas de gabinete e influência política? Essa contradição corrói a legitimidade da instituição, que deveria ser a Casa do Povo, mas se transforma em abrigo para privilégios e impunidade.

A impunidade como regra

O caso de Eduardo Bolsonaro não é um episódio isolado, mas parte de um padrão. Quando a elite política decide proteger os seus, qualquer crime, ausência ou falta de decoro vira detalhe. O recado de Hugo Motta ao país é cristalino: a impunidade é regra, e não exceção. O deputado foragido pode seguir sua vida no exterior, enquanto os brasileiros lidam com os efeitos de um sistema político que pune apenas os mais fracos.

O contraste com o povo

Enquanto Eduardo desfruta da complacência de Hugo Motta e do Centrão, milhões de brasileiros enfrentam cortes em serviços públicos, falta de recursos e desemprego. O contraste é gritante: para o povo, a lei é dura. Para a elite política, há sempre uma saída, um atalho, uma “avaliação” que nunca termina. E é justamente essa desigualdade que alimenta a descrença nas instituições democráticas.

Conclusão: cassação engavetada, democracia ferida

Em resumo, Hugo Motta protege Eduardo e trava um processo que poderia representar um avanço na luta contra a impunidade política. Ao se esquivar, ele não apenas blinda o deputado, mas também compromete a credibilidade da Câmara. A democracia perde quando um parlamentar ausente e foragido segue impune, protegido por quem deveria garantir a aplicação da lei.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.