Médicos, família e advogados recomendam participação remota do ex-presidente — demonstração de força sob sinais de fraqueza. A Justiça não recua, mesmo diante da fragilidade física do réu

Brasília, 1º de setembro de 2025 — Médicos, familiares e advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro recomendam que ele não compareça presencialmente ao julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para começar nesta terça-feira (2). A justificativa é a sua saúde debilitada, com crises de soluços e vômitos causados por esofagite.

Mesmo diante desse quadro, aliados ressaltam que Bolsonaro pode descumprir a orientação médica — indo ao Supremo como uma “demonstração de força” junto à sua militância.

O senador Rogério Marinho (PL‑RN), secretário-geral do partido, já avisou que não pretende se inscrever para representá-lo na sessão: “Vou acompanhar o julgamento do Senado… Bolsonaro tem o meu apoio… a anistia”.

Na Câmara, o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), prepara proposta para colocar em pauta a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, mas enfrenta forte resistência de partidos de centro e esquerda.

Carlos Bolsonaro (PL‑RJ), após visitar o pai, descreveu nas redes sociais seus sinais de fragilidade: “Está magro, sem vontade de se alimentar, crises intermináveis de soluço e vômitos. Dói demais ver tudo isso…”.

O julgamento envolve Bolsonaro e outros aliados — como Ramagem, Anderson Torres, Heleno e Braga Netto — acusados de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado de Direito e organização criminosa armada

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