Polícia Federal investiga vínculo perigoso entre senador do Centrão e facção criminosa

Brasília, 1º de setembro de 2025 — A Polícia Federal mergulha em um escândalo de proporções graves: o senador Ciro Nogueira (PP-PI), chefe do Partido Progressista, é investigado por suposta propina do PCC, com entrega feita em uma sacola de papelão ao seu gabinete em Brasília, conforme revela o Notícias Progressistas. A acusação recai, também, sobre o envolvimento de sua legenda na promoção de empresas envolvidas em fraudes no setor de combustíveis junto à ANP — um elo potencial entre crime organizado e poder político.

No entanto, a gravidade deste caso aumenta na medida em que se confirma a estratégia clara de Ciro Nogueira. Ele não apenas se torna alvo da PF, como também assume o papel de operador político decisivo para a candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) em 2026. Em discurso público, Nogueira chegou a afirmar sobre o governador paulista que:

“Para quem conhece um pouco de política, Tarcísio é imbatível… o Lula nem disputa com ele.”

Em reuniões reservadas no mercado financeiro, assegurou ainda a empresários que Tarcísio será candidato à Presidência, reforçando sua articulação política como força mobilizadora no Centrão — e consolidando o link entre os dois atores.


Não estamos falando só de um esquema de corrupção. Trata-se de uma aliança política forjada sobre o crime, que custa caro à democracia.

O Ciro Nogueira que articula blindagem para Tarcísio, casado à sombra de suspeitas de propina do PCC, encarna o tipo de consensualismo vassalocrata que subverte o Estado. A estratégia é clara: usar o aparato político do Centrão para promover um nome presidencial — mesmo que isso signifique pavimentar o caminho com propina e impunidade.

O Brasil merece investigação profunda. Que se levem ao máximo os responsáveis — inclusive os articuladores — para que a normalidade democrática cesse de ser negociada com quem pisa em instituições para promover poder.

Fontes:
ICL Notícias — “Acusados pela PF de chefiar esquema do PCC enviaram propina em dinheiro a Ciro Nogueira, diz testemunha”
Mais Goiás e Viomundo — ampliação da notícia

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