Aliados se afastam: Eduardo Bolsonaro perde força como presidenciável em 2026
Projetos de candidatura minguam após declarações polêmicas nos EUA e falta de apoio ao Centrão; deputado busca remanejamento partidário para sobreviver politicamente

Brasília / Estados Unidos, 30 de agosto de 2025 — O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enfrenta um quadro preocupante em suas pretensões eleitorais para 2026. Aliados de Jair Bolsonaro e lideranças do Centrão avaliam que o deputado tem perdido força política — especialmente após seu apoio às tarifas impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil, o que teria sido visto como equivocada “cartada internacional” e confirmado o enfraquecimento de sua articulação em Brasília.
Segundo a analista Jussara Soares, da CNN, Eduardo está cada vez mais isolado do Centrão e sofre resistência até dentro do núcleo político bolsonarista. Sua permanência nos EUA e o apoio às sanções comerciais estão sendo interpretados como sinais de afastamento das bases políticas no Brasil.
Apesar disso, o deputado mantém firme sua reivindicação política. Em entrevista ao Metrópoles, reafirmou que pretende concorrer à Presidência em 2026 “caso o pai não possa”. Também publicou que quem sugerir a desistência de Jair Bolsonaro da disputa “não será considerado aliado”.
Para sobreviver politicamente, Eduardo busca alianças em outras legendas — sem, no entanto, ter garantias concretas de apoio eleitoral. Sua ausência do país tem alimentado críticas sobre seu distanciamento da política interna, reforçando a percepção de que sua influência está minguando.
Contexto Político
- Com Jair Bolsonaro inelegível até 2026, lideranças de direita sinalizam abrir espaço para nomes como Tarcísio de Freitas ou Ronaldo Caiado como alternativas ao projeto Bolsonaro.
- A resistência interna e o discurso radical permanecem, mas a falta de interlocução no Centrão e o desgaste no país dão força à narrativa de descolamento do deputado do poder nacional.