PT aciona STF e PGR contra Eduardo Bolsonaro e Gayer por “crime contra o sistema financeiro”
Deputados do PL são denunciados por divulgarem ‘fake news’ sobre o Banco do Brasil que podem provocar pânico financeiro e desestabilização institucional

rasília, 29 de agosto de 2025 — A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) encaminhou nesta sexta-feira representações ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). A acusação: propagarem informações falsas capazes de gerar instabilidade financeira e pânico generalizado no sistema bancário nacional.
O PT destaca duas falas como especialmente graves:
- Eduardo Bolsonaro afirmou que “o Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que vai levá-lo à falência”.
- Gustavo Gayer publicou: “Tirem seu dinheiro dos bancos. Moraes vai quebrar o Brasil.”
Segundo o documento, essas declarações vão além de crítica política — têm potencial real de provocar corrida bancária, com risco de afetar diretamente a confiança no sistema financeiro nacional, agindo como um “ataque coordenado contra instituições”.
Medidas Cautelares Solicitadas
A representação ao STF e à PGR também propõe medidas urgentes incluindo:
- suspensão dos mandatos parlamentares dos acusados;
- bloqueio e desmonetização de seus perfis digitais;
- quebra de sigilo telemático;
- suspensão de passaporte.
Contexto e Importância Institucional
- A iniciativa reforça o papel do PT como guardião da estabilidade democrática, ao confrontar tentativas de desinformação que ameaçam o sistema financeiro, em especial durante crises políticas graves.
- A utilização da Lei do Sistema Financeiro Nacional e da Lei de Crimes contra a Economia Popular dá base jurídica à ação, destacando que discurso irresponsável pode ser punido quando põe em risco a ordem econômica.
- Considerando o atual processo judicial contra Jair Bolsonaro e seus aliados, a denúncia intensifica a crise institucional envolvendo o PL, escancarando tentativa de usar retórica destrutiva como instrumento de poder.