“Minha vida acabou”: Bolsonaro chora durante visita de aliado em prisão domiciliar
Vice-prefeito de São Paulo encontrou ex-presidente abatido, ainda sem foco em 2026, mas abraçado à esperança de “fato novo” ou intervenção divina

Brasília / São Paulo, 28 de agosto de 2025 — Em momento de emoção e fragilidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje em prisão domiciliar, recebeu a visita do vice-prefeito de São Paulo, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), e desabafou com olhar perdido no passado e futuro.
A conversa durou quatro horas seguidas, marcada por lembranças da trajetória do general que vestiu farda até se tornar presidente — e por uma frase que bradou desalento: “Estou com 70 anos, a minha vida já acabou”, contou Mello Araújo à coluna de Paulo Cappeli, no Metrópoles.
Para o aliado, a visita tinha cunho estratégico: reacender a chama de superação. Citou a facada de 2018, um acidente em salto de paraquedas e a própria prisão domiciliar como “mais uma batalha” que Bolsonaro pode — e deve — vencer.
Mello Araújo falou também sobre o estado de espírito do ex‑presidente: abatido, cansado, com perda de peso (cerca de 3 kg), e distante da política eleitoral de 2026 — focado, agora, no julgamento que está por vir no STF.
Tentou motivar Bolsonaro com lembranças heroicas e convicções religiosas: “Será filme de Hollywood, vai ter final feliz. Deus vai intervir”, confessou para levantar o ânimo do chefe, dominado pela apreensão.
Sobre saúde e rotina, sugeriu ainda atividades físicas como treino domiciliar — mas Bolsonaro resistiu, alegando que “faria depois”.