Mais leve e visivelmente fragilizado, o ex-presidente expressa indignação pela perseguição política — aliados cobram lealdade em meio ao desmoronar da vassalagem.

Amparado no relato de um aliado que o visitou em prisão domiciliar na última terça (26), Jair Bolsonaro aparece abatido, magoado — e teria perdido 3 kg desde o início do regime domiciliar. A afirmação foi compartilhada pelo vice‑prefeito de São Paulo, coronel Ricardo Augusto de Mello Araújo, que passou quatro horas ao lado do ex-presidente — entre gargalhadas ao recordar o passado e lágrimas diante das ‘injustiças’ que sente estar sofrendo.

O aliado revelou: havia tentado convencer Bolsonaro a retomar os exercícios físicos, mas a proposta não surtiu efeito. O desgaste emocional é palpável. E, enquanto isso, o ex-presidente monitora as movimentações de aliados por intermédio da família — uma ultrajante disputa familiar que ecoa como metáfora viva da luta pelo poder.

A inquietação bate mais forte entre seus aliados mais fervorosos, que veem governadores como Romeu Zema e Ronaldo Caiado disputando o “espólio” político de Bolsonaro. “É como se um pai estivesse na UTI e os filhos políticos disputassem o espólio antes da morte”, desabafou o coronel. A lealdade, parece, virou mercadoria em falta.

Bolsonaro ainda não decidiu sobre sua posição política rumo a 2026 — segue em silêncio público, à espera do julgamento que poderá selar seu destino. O clamor de seus aliados hoje é por solidariedade real, não sucessão midiática.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.