Pastor que atacou Eduardo por sua aliança com os EUA recua com trecho bíblico — escândalo exposto revela que fé virou justificativa para o oportunismo político.

Silas Malafaia admitiu publicamente ter disparado xingamentos contra Eduardo Bolsonaro — chamando-o de “babaca”, “idiota” e “estúpido de marca maior” — em áudios vazados pela Polícia Federal, e agora busca redenção com um discurso revestido pela retórica evangélica. Ele recorreu a passagens bíblicas como Mateus 7:1‑5 (“não julgueis para que não sejais julgados”) e João 8:7 (“quem não tem pecado, atire a primeira pedra”) para tentar abafar a fúria exposta — num espetáculo de contrição que mistura arrependimento e autoproteção.

Em vídeo dirigido aos seguidores evangélicos, Malafaia advertiu que “tem fraquezas” e pediu perdão com mãos estendidas: “aos que ficaram escandalizados com minhas palavras, me perdoem,” disse ele. Aproveitou também a oportunidade para atacar o “estilo» dos críticos, acusando-os de agirem como “fariseus hipócritas” e sugerindo que a divulgação dos áudios foi uma armação política.

O contexto da explosão verbal não é mera teatralidade: a ira do pastor teve origem em conversas privadas com Jair Bolsonaro, desencadeadas por desavenças nas tarifas impostas pelos EUA. Ele reclamou: Eduardo estaria “dando a Lula e à esquerda o discurso nacionalista e, ao mesmo tempo, ferrando” Bolsonaro.

Mas o que vemos agora é o jogo típico da vassalagem: ataque feroz quando convém, recuo moralista quando as câmeras viram. Ele invoca a Bíblia para mitigar suas ofensas, transformando o escândalo em um sermão sobre perdão, culpando a mídia — especialmente a GloboNews — e pedindo orações pelo Brasil. A contradição é gritante: liberdade religiosa para exibir indignação, mas não para admitir erro.

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1 comentário em “Malafaia xinga Eduardo Bolsonaro, mas agora pede perdão em vídeo bíblico

  1. Deus deixa bem claro aquele que prega a palavra e não cumpre será julgado duplamente por não obedecer os ensinamentos divinos eu creio em Deus.

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