Indiciado por coação e tentativa de golpe, deputado transforma vergonha pública em narrativa de vitimização

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL‑SP), alvo de indiciamento pela Polícia Federal por crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, declarou, abalado, que se tornou motivo de chacota entre círculos políticos e sociais. A crítica vingativa — distante de um lamento legítimo — serve como escudo retórico, numa tentativa desesperada de remodelar sua imagem pública.

O indiciamento do parlamentar faz parte de um relatório que aponta sua articulação junto ao governo dos Estados Unidos — em especial com aliados como Donald Trump — para impor sanções econômicas e jurídicas ao Brasil, visando, supostamente, beneficiar o pai, Jair Bolsonaro, ainda réu em ação penal no STF.

Eduardo tenta contornar o vexame político convertendo sua exposição pública em uma aura de perseguição — narrativa recorrente que busca neutralizar críticas com choradeira moral, enquanto ignora os fundamentos legais que motivam sua responsabilização. É o vale-tudo retórico da vassalocracia, que se expõe ao ridículo para escapar da própria cumplicidade autoritária.

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