BB recorre à Advocacia-Geral da União para barrar fake news que ameaçam a saúde financeira da instituição

O Banco do Brasil (BB) tomou uma medida inédita: solicitou à Advocacia-Geral da União (AGU) providências legais contra perfis ligados a bolsonaristas que têm disseminado boatos maliciosos sobre sanções estrangeiras e bloqueio de ativos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As ações, segundo a instituição, visam gerar pânico e estimular saques em massa, colocando em risco a estabilidade financeira do banco.

Em um ofício entregue à AGU, o BB ressalta que tais boatos configuram crime contra o sistema financeiro, conforme prevê a Lei 7.492/1986, com penas que variam de 2 a 6 anos de reclusão, além de multa. A nota oficial expressa indignação: “Declarações enganosas ou inverídicas que tenham como objetivo prejudicar a imagem do Banco do Brasil não serão toleradas.”

Internamente, uma estratégia de contenção foi imediatamente ativada: diretores ligaram para os 100 maiores investidores, esclareceram a situação e reforçaram a confiabilidade do banco. A presidente Tarciana Medeiros foi enfática ao afirmar que falta responsabilidade a quem questiona a solidez de uma instituição com mais de 80 anos de atuação no país e no exterior.

Interpretação — Fake news como arma política contra instituições públicas

Esta manobra bolsonarista não é só desinformação: é tentativa explícita de corroer a confiança numa das principais instituições financeiras do país. O Banco do Brasil, que ainda paga salários de magistrados do STF, virou alvo de uma narrativa construída para desestabilizar o sistema financeiro nacional. Ao acionar a AGU, o banco não só protege seus clientes — mas também defende a soberania institucional.

Agora cabe à AGU reagir com firmeza. O silêncio ou a complacência seria convite ao caos financeiro e à impunidade. Se o Pânico digital alcança o sistema bancário — o coração de qualquer democracia moderna — é hora de lembrar: soberania não se constrói na incerteza, mas no cumprimento da lei.

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