Redação

Há algo sendo escondido — e isso sufoca o clã Bolsonaro de medo. O relatório da Polícia Federal traz uma mensagem perturbadora: Eduardo Bolsonaro admitiu, em mensagem sigilosa, que “torce para a inteligência dos EUA não levar isso ao Trump”, referindo‑se a uma imagem apagada que apavora Eduardo Bolsonaro. A simples existência desse recado é o grito de alerta: teme repercussão internacional, teme punição, teme a exposição.

O contexto é claro: trata‑se de um material que, se divulgado nos Estados Unidos, pode transformar investigação nacional em escândalo bilateral. Este ato, isolado, já denuncia a estratégia do ex‑deputado: não apenas obstruir a apuração no Brasil, mas silenciar possíveis repercussões em solo norte‑americano — vide o temor de que Trump tome conhecimento.

O relatório da PF diz:

“Os investigados atuaram com consciência e vontade no intuito de convencer autoridades governamentais estrangeiras, induzindo-as em erro, para aplicar sanções contra o Estado brasileiro e autoridades nacionais constituídas, de forma a satisfazer interesses pessoais ilícitos, qual seja, garantir a impunidade decorrente de uma eventual condenação criminal dos acusados de constituir e integrar uma organização criminosa voltada para a prática dos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.

Essa mensagem está anexada ao inquérito que indiciou Eduardo (e Jair Bolsonaro) por coação no processo, tentativa de golpe e tentativa de obstrução da Justiça. A imagem, apagada fisicamente no sistema, virou fantasma visível: não cabe a nós adivinhar o que mostra, mas sabemos o suficiente para entender o desespero.