Aprovação de Lula sobe; tarifa de Trump isola bolsonarismo
Pesquisa Quaest aponta recuperação de Lula e rejeição massiva ao tarifaço do Governo Trump. Enquanto isso, a vassalocracia perde narrativa e vê a opinião pública migrar para soluções soberanas.

A aprovação do governo Lula voltou a subir e a resistência popular ao tarifaço do Governo Trump é ampla. Segundo levantamento da Quaest divulgado em 20 de agosto de 2025, a aprovação do governo chegou a 46%, enquanto a desaprovação recuou para 51%. Além disso, 71% dos entrevistados consideram equivocada a decisão de sobretaxar o Brasil e 77% avaliam que o tarifaço prejudicará suas vidas. Portanto, a estratégia de confronto econômico não colou — pelo contrário, consolidou apoio a uma resposta soberana.
O que os números dizem
No duelo político, a maioria vê Lula e o PT agindo corretamente. De acordo com a pesquisa, 48% aprovam a postura do governo na crise, enquanto apenas 28% apoiam a linha do bolsonarismo. Ademais, 44% avaliam positivamente a atuação de Lula neste episódio, em contraste com saldos negativos para Jair Bolsonaro e seus aliados. Por consequência, o bolsonarismo perde tração no tema que tentou transformar em palanque.
Rejeição ao tarifaço do Governo Trump
A leitura popular é direta: o tarifaço é injusto e nocivo. Entretanto, o efeito político vai além da economia de curto prazo. Ao escancarar a lógica punitiva do Norte rico, o Governo Trump empurrou o debate brasileiro para a soberania produtiva. Assim, cresce o apoio a medidas que agregam valor às exportações, fortalecem cadeias industriais no país e reduzem vulnerabilidades externas.
Aprovação de Lula sobe e narrativa da vassalocracia enfraquece
A frase-chave deste momento é simples: aprovação de Lula sobe. Enquanto isso, a vassalocracia tenta resgatar velhas teses de submissão financeira e alarmismo, mas encontra menos eco. Ainda segundo a Quaest, 43% consideram o governo atual melhor que o anterior, ante 38% que o julgam pior — movimento que indica reacomodação de expectativas e, sobretudo, fadiga com a política do caos.
Do “castigo” à oportunidade: industrializar é resistir
O tarifaço pode virar gatilho de reindustrialização. Em vez de exportar matérias-primas e importar produtos caros, o Brasil tem chance de expandir refino, siderurgia, agroprocessamento e química fina. Portanto, se o mercado externo fecha, a política pública deve abrir portas internas: crédito, compras governamentais, conteúdo local, inovação e integração regional. Consequentemente, essa agenda tende a reduzir o dólar de custo, estabilizar preços e ampliar emprego.
E a disputa política daqui para frente
A pesquisa sinaliza que a maioria quer soluções e não pirotecnia. Logo, quem investir em soberania energética, alimentos baratos e indústria com tecnologia terá vantagem. No entanto, se houver nova rodada de pressões externas, o eleitor comparará posturas: submissão ou planejamento nacional. Por fim, a tendência captada agora coloca o debate em novo trilho — menos grito, mais projeto.
Conclusão: a aprovação de Lula sobe em meio à rejeição consolidada ao tarifaço do Governo Trump. Assim, a janela para uma resposta de Estado — com reindustrialização e integração ao Sul Global — fica escancarada, enquanto a narrativa da vassalocracia murcha.