Bugou a memória? Flávio Bolsonaro chama decisão de Dino de “ditadura do Judiciário” — ironia pura vindo de quem sempre endossou a militar
Senador desmente a si mesmo ao se indignar com limitação de leis estrangeiras, num surto conspiracionista digno de fanatismo. A direita vassalocrata vive em loop revisionista — e o STF segue firme.

Em mais um momento de histeria política, o senador Flávio Bolsonaro (PL‑RJ) afirmou nesta segunda-feira (18 de agosto de 2025) que a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de exigir homologação para aplicar leis estrangeiras — como a Magnitsky — é uma “ditadura do Judiciário” e “isola o Brasil internacionalmente”.
Pois é. Suspira fundo e diga comigo: “o fígado não aguenta tanta hipocrisia!”. Porque o mesmo clã que agora ergue essa bandeira de “censura judicial” foi o mesmo que exaltou a ditadura militar — sempre com saudades de Médici, Geisel e Figueiredo — classificando aquele período como “20 anos de ordem e progresso”, “erro da ditadura foi torturar e não matar” e desejando fechar o Congresso no “primeiro dia” caso fossem eleitos.
Ou seja: eles choram por “ditadura” quando não é mais hoje que podem retomar o poder. Mas, convenhamos, a “ditadura atual” bate cabeça com a memória revisionista habitual do bolsonarismo.