Uma incursão autoritária: 26 pastores clamam por impunidade para Malafaia, acusam Moraes de “perseguição” e revelam o poder político-religioso por trás do bolsonarismo

Um grupo composto por 26 líderes evangélicos, entre pastores, bispos e apóstolos, divulgou nota em defesa do pastor Silas Malafaia, alvo de investigação conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes no STF. Assinantes do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (CIMEB) classificam a inclusão de Malafaia no inquérito como “imprópria e injusta” e repudiam o que chamam de “perseguição política que atinge também a esfera religiosa”.

O texto, recheado de corporativismo, conclama os ministros do STF, senadores e deputados a se posicionarem — sem detalhar que tipo de medida ou recurso esperam. Para o grupo, a liberdade religiosa e de expressão seria “inegociável” e estaria ameaçada por um país que, segundo eles, caminha para algo “perigoso e inaceitável”.

O que está por trás da “defesa religiosa”?

  • Blindagem política, não fé genuína
    Essa nota não protege crença, mas protege um aliado político. Malafaia é investigado por sua conexão com o esquema de Eduardo Bolsonaro que tentou articular sanções contra ministros do STF nos EUA — uma tentativa vassalocrata de subversão institucional.
  • Pacto entre religião e poder bolsonarista
    A ação de defensores como Malafaia faz parte do arsenal simbólico bolsonarista: a invocação da fé como escudo para evadir responsabilidade jurídica.
  • Risível apelo à liberdade — quando é apenas corporativismo
    O tom alarmista da nota — clamando que o Brasil estará “caminhando para algo perigoso” — é pura guerra simbólica contra a autoridade do STF, travestida de resguardo espiritual.

Conclusão combativa

Essa nota de apoio a Malafaia é menos uma manifestação de fé e mais um ato de subserviência política: o corporativismo religioso em defesa de um aliado suspeito. No lugar de oração, escolheu-se a política; em vez de humildade, a chantagem.

O Estado democrata não pode recuar: aqui não se trata de fé, mas de blindagem. Defesa religiosa virou vassalagem ideológica — e isso, sim, é inaceitável.

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