Governador mineiro reage com serenidade a insultos de Carlos e Eduardo Bolsonaro, expondo o ressentimento político em vez de apresentar liderança.

O governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência da República, Romeu Zema (Novo), optou por não subir o tom após ser alvo de críticas da família Bolsonaro. Carlos e Eduardo o atacaram publicamente, chamando governadores de direita de “ratos” e “oportunistas” por tentarem se aproximar do espólio político de Jair Bolsonaro, que hoje cumpre prisão domiciliar e está inelegível.

Em coletiva nesta segunda-feira (18/8), Zema disse ter se surpreendido com as ofensas, mas evitou confronto:

“Nós da direita temos as mesmas propostas, estamos lutando pelos mesmos objetivos. Eu fico até surpreso, mas compreendo. Me solidarizo com a família, que tem vivido um momento difícil. Continuamos caminhando juntos. Até marido e mulher discordam, né? Então o que dizer de partidos políticos diferentes?”

Contexto e interpretação crítica

  • Proteção autoritária disfarçada de ataque: Carlos Bolsonaro disse que os governadores direita sacrificarão o povo pelo poder, “se encostando” em Bolsonaro de forma “vergonhosa e patética” — um grito de desespero para tentar manter o controle do clã sobre a base política.
  • Zema na postura certa: Em vez de reagir com raiva, ele reapresentou o jogo democrático: houve divergência, mas estamos na mesma frente. Isso demonstra estratégia e firmeza, não oportunismo.
  • A frente conservadora está em jogo: Outros governadores da direita como Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Ratinho Jr. também disputam o legado bolsonarista — e a ofensiva familiar reforça o desgaste da tentativa de monopolizar.
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