Ministro Flávio Dino barra sanções estrangeiras sem homologação judicial — proposta racional e estratégica enfrenta retórica dramática de senadores bolsonaristas.

Um despacho contundente do ministro Flávio Dino (STF) rompeu o cerco imperial: decidiu que nenhum ato de governo estrangeiro terá validade no Brasil sem homologação judicial, protegendo o sistema financeiro nacional da interferência externa. Na vanguarda dessa defesa institucional, o magistrado reafirma o caráter soberano do Estado de Direito.

A decisão envolve várias instituições: Banco Central, Febraban e CNF foram orientados a reportar ao STF quaisquer tentativas de cumprimento automático de sanções externas. O movimento fortalece o Brasil institucional contra práticas de imposição internacional, como as sanções da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. Uma reação enérgica à chantagem geopolítica.

Aspereza política disfarçada de drama

Em reação ao despacho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) incendiou o debate com afirmações alarmistas. Ele comparou o país a Cuba, Coreia do Norte e Irã, alegando que o Brasil estaria “estrangulado financeiramente”. Chegou a chamar a medida de “ditadura do Judiciário”. Um espetáculo retórico que fortalece apenas o clima de crise — sem fundamentos jurídicos ou estratégicos.

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