O Supremo marca julgamento contínuo em primeiro turno contra o núcleo golpista no STF — democracia em ação contra os que quiseram sepultar as urnas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus do “núcleo 1” da trama golpista pode se estender por até 27 horas de sessão presencial — um símbolo da urgência em enfrentar o antidemocrático com a força das leis e da Constituição. A decisão foi publicada com exclusividade no Brasil247 e repercutida pela CNN Brasil.

A primeira sessão está prevista para 2 de setembro e foi formatada com sessões matutinas e vespertinas, estendendo-se ao longo de cinco dias até 12 de setembro, em um rito mais densamente articulado que desafia o silêncio que Bolsonaro e seus aliados tanto tentaram impor ao país.

Dinâmica: rigor processual em defesa da democracia

O julgamento terá início com a leitura do relatório pelo relator Alexandre de Moraes, sem limite de tempo, seguida pelas sustentações orais. A Procuradoria-Geral da República (PGR), amplamente reconhecida por legitimar ações contra o golpe, terá prioridade — e a possibilidade de tempo extra — antes que as defesas se manifestem. Cada parte terá até uma hora, mas as defesas somadas podem ter sua fala prolongada, dependendo da permissão do presidente da Turma.

Além disso, os votos dos ministros — Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin — consumirão boa parte das 18 horas restantes. Não há limite formal de tempo para os votos, o que reforça a profundidade e gravidade do caso.

Uma resposta institucional ao desprezo antidemocrático

Marcar um julgamento prolongado como esse é um gesto simbólico e firme: o STF não se deixa pressionar. Em vez de silêncio, o tribunal responde com presença, processo e democracia.

A encenação golpista tem que lidar com a realidade institucional do Brasil: um país que, quando tentam derrubá-lo, se levanta na lei e no processo. As 27 horas não são um capricho — são a resposta planejada ao golpe.

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